Você já ouviu falar em Hálito Cetônico? Odor que remete à acetona. Quando eliminada pela urina (cetonúria) e expelida pela boca, confere um odor característico, bastante similar ao de frutas envelhecidas.

Ocorre devido a uma complicação metabólica grave e potencialmente fatal principalmente em diabéticos recém diagnosticados. Além de cães e gatos portadores de diabetes mellitus que não recebem tratamento adequado, essa alteração também pode ocorrer em situações de estresse, infecções, inflamações ou outros distúrbios hormonais que podem levar à falta ou resistência à insulina.
Sintomas
O animal em um quadro de cetoacidose apresenta hiperglicemia, acidose metabólica, cetonemia, perda elevada de eletrólitos e intensa desidratação, associados a manifestações clínicas como, respiração alterada, anorexia e vômitos acentuados.
A glicose é a primeira fonte de energia para as células. No caso de diabetes e jejum prolongado, o organismo busca outras formas de energia, através do fígado, que converte os ácidos graxos dos alimentos e gordura em cetonas, mantendo os níveis de glicose estáveis no sangue. A quebra de ácidos graxos forma corpos cetônicos: acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona, que em excesso levam à diminuição do pH do sangue, situação que é chamada de acidose, que pode levar ao coma e ao óbito, quando não solucionada.
O que fazer?
A Cetoacidose Diabética é uma complicação grave da Diabetes Mellitus. O diagnóstico é baseado nas evidências clínicas e confirmado pelos níveis de glicose, hemogasometria e urinálise. O tratamento busca restabelecer a hidratação, reduzir a produção de corpos cetônicos e reequilibrar eletrólitos, através de fluidoterapia, além de diminuir a glicemia, com a administração de insulina.
Leticia Gershenson
Médica Veterinária CRMV-RS 6279
Compartilhe @tiochico.vet
O que você achou deste artigo, comente abaixo: